Entre admiradores e haters, a influenciadora Jade Picon ganhou ainda mais espaço na mídia brasileira após ser eliminada com quase 85% dos votos no 7° paredão do BBB 2022.
Apesar disso, um ano após o fim do programa, Jade acumula mais de 21 milhões de seguidores no Instagram, e ainda é uma das influenciadoras digitais mais requisitadas por marcas conceituadas como Ray Ban, Colcci e Adidas.
Qual é a explicação desse sucesso, mesmo após uma eliminação histórica no programa?
No conteúdo de hoje você vai entender algumas estratégias de marketing no Instagram que a influenciadora Jade Picon utiliza e que você pode replicar no seu negócio.
Quem é a influenciadora Jade Picon?
Eu sei que pode parecer uma pergunta óbvia, afinal de contas, quem nunca ouviu o nome da influencer circular entre a rodinha de amigos pelo menos uma vez durante a exibição do BBB 2022?
O que muita gente não sabe é que a Jade está no digital desde que tudo isso aqui era mato.
Filha da engenheira Monica Froes e do empresário Carlos Picon, Jade trabalhou como modelo-mirim dos 4 meses até os 9 anos e chegou até a gravar comercial de creme dental com o ator Reynaldo Gianecchini.
Em 2012, Jade entrou no Instagram por influência de seu irmão, Leo Picon, que a orientou a fazer da rede social o seu diário pessoal.
Ao participar de alguns vídeos e fotos com seu irmão – que já era conhecido entre o público teen desde os tempos do Orkut – a influencer começou a construir a sua própria audiência e aos poucos receber ofertas das marcas para divulgar produtos em suas redes sociais.
Antes mesmo de entrar no BBB, a influencer já tinha mais de 13 milhões de seguidores no Instagram e um currículo bem extenso.
Em 2019, ela criou a marca de streetwear JadeJade, com lançamentos de peças em coleções cápsula.
Em 2021, investiu em vários desses “drops” e movimentou sua marca com mais intensidade, vendendo peças como jaquetas, moletons e calças, que custavam entre R$ 99,99 e R$ 499,99.
Além disso, segundo seu irmão Leo Picon, a influencer chegava a faturar 250 mil por #publi nas redes sociais.
O que Jade Picon ensina sobre marketing e branding?
Apesar de não ter formação acadêmica tradicional, a influenciadora Jade Picon sempre investe em conhecimento e com apenas 17 anos chegou a participar de um mini curso de moda em Milão, no Instituto Marangoni.
A mesma escola por onde Domenico Dolce e Franco Moschino passaram, figuras por trás das marcas Dolce Gabbana e Moschino
Hoje, Jade fatura alto todos os meses com:
- Publicidade;
- Venda de peças da sua marca própria;
- Canal no YouTube;
- Presença em eventos.
Fato é que essa menina empreendedora de apenas 21 anos nos ensina grandes lições sobre posicionamento e marketing.
1 – Não tente agradar todo mundo
Após ser eliminada do Big Brother com quase 85% dos votos, Jade virou alvo de polêmica ao ser escalada para viver a personagem Chiara, filha de Grazi Massafera, na novela Travessia, escrita por Glória Perez.
A influencer foi duramente criticada em suas redes sociais pelo público em geral que não a considerava qualificada o suficiente para atuar, ainda mais numa novela das 9.
Até os próprios artistas, colocaram em cheque as habilidades da ex-bbb para a dramaturgia.
A atriz Ana Rita Cerqueira, que já esteve em Malhação e diversas outras novelas da Globo, printou o trecho de uma entrevista onde Jade afirmava que “apesar de nunca ter trabalhado em uma novela ou estudado atuação, tem vontade de se aventurar no teatro e aprender” e desabafou de forma irônica um post:
“Se aventurar no teatro, [risos]. Na minha época, isso significava anos de estudo e panfletar para encher o teatro e receber, por fim de semana, às vezes o que não pagava nem a ida e volta para o teatro. Meus dez anos de curso de teatro se encontram de luto após essa notícia”
Já o ator Caio Manhete, que interpretou Abel na novela Gênesis, fez questão de frisar que a crítica não é para Jade, mas sim para quem está por trás da escalação da influenciadora digital.
Para ele:
“Todo mundo que trabalha com interpretação ficou chateado com a situação. Desvaloriza um pouco a nossa profissão. Não diz muito sobre a Jade, diz sobre a indústria do entretenimento e sobre a desvalorização da nossa profissão”.
Até mesmo colegas de elenco na novela Travessia manifestaram algum tipo de rejeição à Jade, como Alexandre Nero que curtiu um tweet ironizando a atuação da influencer.
Por outro lado, há os que viam Jade como um Dejavu da própria Grazi Massafera, que também veio do BBB, enfrentou as mesmas críticas e hoje é consagrada como uma grande atriz.
O grande ponto é que a escolha da Jade para o papel não se deu pelas suas aptidões como atriz.
Jade foi escolhida de forma estratégica, afinal de contas, ela é uma das maiores influenciadoras digitais do país e tem uma relevância e audiência interessante para as marcas, como é o caso da Rede Globo.
Inclusive, audiência essa que ela conquistou ao longo de uma década produzindo conteúdo de forma recorrente e intencional nas redes sociais, muito antes de sequer cogitar participar do BBB.
Jade tinha um público muito bem alinhado com o objetivo final da Globo.
Tanto que em meio ao hate, Jade foi uma das principais razões para manter a novela nos trend topics do Twitter e gerou audiência para a novela, mesmo aqueles que só queriam assistir para criticar a atuação da influencer.
“Beleza, mas porque isso é relevante?”
Se você já está nesse mercado há algum tempo ou acabou de iniciar sua jornada no digital, precisa entender que a sua marca, o seu produto não vai agradar todo mundo e não tem nada de errado com isso.
Nem todo mundo usa cigarros, mas nem por isso o Brasil deixa de movimentar mais de 2 bilhões de dólares por ano com o produto.
Esse exemplo indica que a sua preocupação não deve estar nos haters ou na concorrência, mas sim no público que consome os seus produtos e serviços.
Na prática, se concentre em oferecer para o seu público um bom conteúdo, bom entretenimento, atendimento, além é claro de produtos e serviços de qualidade.
2 – Consistência e intencionalidade é lei no digital
Consistência e intencionalidade na produção de conteúdo é lei no digital e essa foi uma lição que a Jade aprendeu muito cedo.
Produzir conteúdo de forma recorrente não é mais opção para quem tem um negócio digital e isso não é novidade.
Um dia já foi, é fato.
Antes era possível vender sem usar o conteúdo gratuito como uma forma de atrair pessoas e transformá-las em leads aquecidos.
Naquele tempo, tratava-se apenas de uma vantagem.
Havia aqueles que vendiam muito bem apenas com anúncios voltados para o público quente e havia os que vendiam mais porque conseguiam atrair mais pessoas por meio do conteúdo.
Era tudo mais simples.
Havia menos gente produzindo conteúdo online. Quem produzia, óbvio, capturava mais leads e ficava com mais clientes no fim das contas.
Hoje todo mundo publica no Instagram e só os melhores conseguem transformar conteúdo numa ferramenta de vendas. Não há mais direito de escolha.
Acontece que surgiu uma dúvida sem sentido na internet há alguns meses a respeito da frequência de postagem e do impacto que ela causaria no desempenho orgânico dos posts.
“Ah, mas eu não sei se devo postar duas vezes por semana ou todos os dias. Qual é a melhor frequência?”
A verdade é que essa dúvida não faz o menor sentido porque, no fundo, não existe dúvida alguma.
Se você pode postar conteúdo útil para a sua audiência todos os dias e sabe que vai sair na frente dos seus concorrentes que não agem da mesma forma, por que não fazer isso?
E há quem possa dizer coisas do tipo:
“Ah, mas a minha equipe é muito reduzida e demandaria muito tempo e trabalho produzir remessas semanais de conteúdo”
Adianto que isso é um mito!
Quanto mais conteúdo você produz, mais inteligência você gera e menos trabalho será necessário para criar posts atraentes que engajam.
O fato é que não dá para falar em produção de conteúdo se você pensa 1001 vezes para escolher o tema de um post e mais ainda para escrevê-lo.
Não dá para ter apego às ideias e muito menos medo de não agradar a audiência. É uma lógica simples.
Se as pessoas acharem ruim, elas vão comentar. Se gostarem, também.
Quanto mais posts você escrever, bons ou ruins, mais feedbacks terá e consequentemente mais chances de escrever melhores conteúdos.
Resumindo:
Vai postar? Seja frequente ou então nem comece.
Melhor fazer direito e evoluir com os erros do que fazer mal feito e continuar errando, concorda?
3 – Filtre suas referências
Já ouviu a frase “Não ouça críticas construtivas de quem nunca construiu nada”?
Jade leva isso ao pé da letra.
Ela teve a “sorte” de nascer em uma família empreendedora.
Seu pai é dono da Pantanal, uma empresa de granitos com sede em Cotia – SP, e ainda pode se espelhar no seu irmão mais velho, Leo Picon, que aos 27 anos já administra quatro empresas diferentes.
Ainda que você não tenha a mesma sorte, a internet trouxe algo maravilhoso que é justamente o poder de filtrar seus mentores.
Selecione profissionais que já chegaram aonde você quer chegar, que já trilharam o caminho das pedras e podem te trazer clareza de como vencer desafios e chegar mais rápido ao seu objetivo.
Conforme for crescendo, naturalmente surgirão haters e as tais críticas construtivas vindas, muitas vezes, de pessoas próximas a você.
Esse é o momento de ter maturidade e olhar para quem você almeja se tornar e ignorar todo o resto.
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